Héstia - O Cálido Lar (de "Meditações Pagãs", Ginette Paris)
Héstia é representada com porte muito ereto, suas vestes cobrindo-a quase completamente, ao mesmo tempo imponente e discreta, de uma imobilidade notável. Em pé ou sentada, não sugere qualquer movimento. Calma e dignidade emanam dela.
Embora poucas histórias e mitos cerquem Héstia, não se deve pensar que ela tem menos importância que os outros deuses do Olimpo. É menos fulgurante e não se fala muito dela, mas pelo lugar que ocupava na vida diária era uma das mais glorificadas. O fato de haver poucas histórias relacionadas a ela demonstra que Héstia não gosta de mundanças, nem de aventuras; há, portanto, pouca história para contar porque quase nada acontece com ela. (...)
Héstia é o centro da Terra, o âmago do lar e nosso próprio centro pessoal. Ela não deixa seu lugar; é preciso ir até ela. Robert Graves diz dela: "A mais suave, justa e caridosa de todos os deuses do Olimpo".
O lar do grego médio, na Antiguidade, dispunha, em primeiro lugar, de uma lareira, em torno da qual se construía uma casa. O espaço doméstico era organizado em torno de uma lareira e Héstia era essa lareira. Havia apenas uma palavra para designar tanto a lareira quanto a deusa que nela habitava. (...)
Este era o coração da casa, o lugar da intimidade familiar, um abrigo do tumulto, pois Héstia protege, recebe e dá segurança. (...) Brigas e disputas não podiam ter lugar na presença de Héstia, pois a lareira era um lugar de paz e segurança. (...)
Conhecer Héstia é também compreender que num inquietante número de lares o fogo central se apagou.
(...) a arquitetura moderna, como é praticada, está dominada por valores masculinos. (...) O interior da casa é cada vez mais encolhido e a fachada é concebida para "ser vista". A sala de estar, que serve mais para visitas sociais do que para a vida familiar, é, em muitas residências, mais espaçosa e luxuosa que os outros cômodos usados para toda a família.
(...)
Héstia é encontrada onde a família descobre seu centro. (...) Héstia corresponde àquilo que é o núcleo da afeição, das necessidades, das preocupações e das atividades da família.
(...)
Héstia está, principalmente, empenhada em reunir, no tempo e no espaço, aqueles que constituem o lar.
Na Roma antiga, onde o culto a Vesta era até mais desenvolvido, ela presidia o preparo das refeições e o primeiro trago ou bocado de comida lhe eram consagrados. Em vez da oração cristã de agradecimento pelos alimentos, ou outras formas profanas de iniciar a refeição, como dizer "saúde", a fórmula "para Vesta" era o início ritual de suas refeições.
(...) para ter uma vida familiar que nos aqueça, devemos, assim como à chama de Héstia, mantê-la, cuidá-la, alimentá-la e colocá-la no núcleo de nossas atenções.
(...)
A segurança que ela [Héstia] pode trazer está relacionada à estabilidade, à tradição e à preservação de bens que nos sustentam em tempos difíceis.
Uma de minhas resoluções de ano novo é transformar, a cada dia, o lugar onde moro em um lar. Para tanto, reli os capítulos sobre Héstia no livro cujo nome está no título dest post e coloquei aqui os trechos mais significativos (páginas 217 a 241).
Embora poucas histórias e mitos cerquem Héstia, não se deve pensar que ela tem menos importância que os outros deuses do Olimpo. É menos fulgurante e não se fala muito dela, mas pelo lugar que ocupava na vida diária era uma das mais glorificadas. O fato de haver poucas histórias relacionadas a ela demonstra que Héstia não gosta de mundanças, nem de aventuras; há, portanto, pouca história para contar porque quase nada acontece com ela. (...)
Héstia é o centro da Terra, o âmago do lar e nosso próprio centro pessoal. Ela não deixa seu lugar; é preciso ir até ela. Robert Graves diz dela: "A mais suave, justa e caridosa de todos os deuses do Olimpo".
O lar do grego médio, na Antiguidade, dispunha, em primeiro lugar, de uma lareira, em torno da qual se construía uma casa. O espaço doméstico era organizado em torno de uma lareira e Héstia era essa lareira. Havia apenas uma palavra para designar tanto a lareira quanto a deusa que nela habitava. (...)
Este era o coração da casa, o lugar da intimidade familiar, um abrigo do tumulto, pois Héstia protege, recebe e dá segurança. (...) Brigas e disputas não podiam ter lugar na presença de Héstia, pois a lareira era um lugar de paz e segurança. (...)
Conhecer Héstia é também compreender que num inquietante número de lares o fogo central se apagou.
(...) a arquitetura moderna, como é praticada, está dominada por valores masculinos. (...) O interior da casa é cada vez mais encolhido e a fachada é concebida para "ser vista". A sala de estar, que serve mais para visitas sociais do que para a vida familiar, é, em muitas residências, mais espaçosa e luxuosa que os outros cômodos usados para toda a família.
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Héstia é encontrada onde a família descobre seu centro. (...) Héstia corresponde àquilo que é o núcleo da afeição, das necessidades, das preocupações e das atividades da família.
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Héstia está, principalmente, empenhada em reunir, no tempo e no espaço, aqueles que constituem o lar.
Na Roma antiga, onde o culto a Vesta era até mais desenvolvido, ela presidia o preparo das refeições e o primeiro trago ou bocado de comida lhe eram consagrados. Em vez da oração cristã de agradecimento pelos alimentos, ou outras formas profanas de iniciar a refeição, como dizer "saúde", a fórmula "para Vesta" era o início ritual de suas refeições.
(...) para ter uma vida familiar que nos aqueça, devemos, assim como à chama de Héstia, mantê-la, cuidá-la, alimentá-la e colocá-la no núcleo de nossas atenções.
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A segurança que ela [Héstia] pode trazer está relacionada à estabilidade, à tradição e à preservação de bens que nos sustentam em tempos difíceis.
Uma de minhas resoluções de ano novo é transformar, a cada dia, o lugar onde moro em um lar. Para tanto, reli os capítulos sobre Héstia no livro cujo nome está no título dest post e coloquei aqui os trechos mais significativos (páginas 217 a 241).
FONTE: Bruxa Verde
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