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quinta-feira, 31 de março de 2011

As Constelações da Bruxaria

Livro: Os Pilares de Tubalcaim
Autores: Michael Howard e Nigel Jackson

Capítulo XX
Órion e o Grande Caçador

No século XIII, o escritor Saxo Gramaticus escreveu um relato sobre a vida e a era do príncipe Arnleth ou Hamlet da Dinamarca. Arnleth era uma variante de Arnlodi, o ser sobrenatural nos mitos nórdicos sobre a criação, cujo moinho mói as estrelas. Esse moinho [parece ser a Estrela Polar] ficava em uma ilha protegida por um grupo de mulheres gigantes chamadas As Nove Damas [parece ser a Coroa Boreal]. Arnleth, o pai, era chamado de Orvendell ou Earendell e foi descrito como o primeiro de todos os heróis a nascer. Earendell foi também um guerreiro e caçador que lutou contra os gigantes de gelo nórdicos, equivalentes aos Titãs. Ele era um amigo do deus do trovão Thor e um hábil arqueiro. Ele foi comparado com Wayland, o Ferreiro, Robin Hood e Órion, o caçador. O pai de Hamlet é uma figura um tanto quanto mítica, e dizia-se que ele tinha sido um ser humano que se transformou numa estrela. Essa é uma metáfora para o mortal atingindo o status divino ou união com Deus. Entretanto, o enredo se torna mais denso quando uma fonte anglo-saxônica descreve Earendell como o anjo mais brilhante, que foi enviado pelos homens pela Terra Média. Em alguns relatos, ele é descrito como a verdadeira refulgência (brilho ou iluminação) do sol que ilumina todos os dias para todo o sempre. Em eras anglo-saxônicas, ele foi associado a Vênus como a estrela da aurora ou estrela da manhã e ao arcanjo caído [segundo estes autores, encarnado. Ou seja, ele caiu na Terra, e não no Inferno.] Lúcifer. Em um comentário obscuro sobre Earendell, I. Gollanz, em seu livro"Hamleth in Iceland" (1898), citado por de Santilla e von Dechend (1977: 36), parece sugerir que Vênus, em seu brilho pleno no céu, era a Estrela de Belém, e compara o Crito criança com o deus Sol [por que será que isso me lembra Mitra?]No passado, o viajante sempre celebrava o surgimento de Vênus antes da aurora porque era sinal de que o sol logo surgiria para um novo dia 
Earendell é a forma do arqueiro divino arquétipo, cujas representações terrestres incluíam heróis folclóricos, tais como William Tell. Na verdade, a história de Tell acertando uma maçã na cabeça de seu filho foi a princípio creditada a Earendell. [Não sei porque, mas isso está me lembrando que Diana acertou uma flecha na cabeça de Órion, que nadava lá pelo horizonte.] Em um dos episódios mais famosos dos mitos de Robin Hood, ele compete disfarçado em um campeonato de arco-e-flecha. No cosmos, Earendell é associado à constelação de Órion e suas conexões Luciferianas. De Santilla e von Dechend chamam essa figura gigantesca de filho de Deus, o floresteiro e Grande Urso, todos nomes com conotações interessantes. Ele caça um búfalo ou um veado ao longo do caminho celestial da Via Láctea, que também é conhecida em mitos da Europa do Norte como Wodenwaeg ou Caminho de Woden. Earendell-Órion é o arqueiro que persegue seus animais totens pelo céu noturno. Adrian G. Gilbert o viu como outra forma de Herne, o Caçador, o deus bruxo que também está associado a Woden e Robin Hood. Nos contos folclóricos populares ingleses, Herne é um floresteiro a serviço real na floresta de Windsor. Um dia, enquanto caçava com o rei, ele o salva do ataque de um veado ferido. Herne mata o animal, mas, ao fazer isso, sofre uma ferida mortal. Um mago que convenientemente passava por ali instruiu seus colegas a cortar os chifres do veado e colocá-los na cabeça de Herne. Ao fazerem isso, ele milagrosamente ressuscita dos mortos. [Puxa. Que xamânico.]O rei recompensa Herne por ter salvado sua vida fazendo dele seu diretor-chefe. Infelizmente seus colegas ficaram com ciúmes, ou ele foi repreendido por caçar ilegalmente, e, mais tarde, um Herne deprimido se enforca em um carvalho atingido por um raio na floresta. Daquele dia em diante, seu espírito com chifres assombra os arredores do carvalho com uma matilha de sabujos espectrais. Em muitas formas da bruxaria tradicional, o Deus Chifrudo em seu aspecto de inverno é representado
como o Senhor da Grande Caçada. Tanto a tradição folclórica inglesa quanto a alemã dizem que o líder da Grande Caçada é Woden ou Herne [às vezes ela tem uma líder feminina, chamada Diana ou Holda ou Bertha ou Perchta]. No interior desses países, ela é por vezes chamada de Caçada de Caim. [Segundo esses autores, o fundador da Bruxaria é o ferreiro Tubalcaim, às vezes chamado Tubalo, às vezes Caim, às vezes Hefestos.]Na mitologia greco-romana, Órion foi amado por Diana, a deusa lunar da caça. Todos os dias, o jovem caçador costumava percorrer a floresta com seu fiel cão Sírio logo atrás. Um dia ele encontrou um grupo de ninfas de Diana dançando alegremente em uma clareira da floresta. Elas eram, na verdade, filhas do Titã conhecido como Atlas. Órion imediatamente as perseguiu [que rapaz afoito], mas elas se embrenharam ainda mais para dentro da floresta e foram perseguidas pelo caçador de sangue quente. Em uma tentativa de escapar de seu cerco, as ninfas pediram o auxílio de sua senhora Diana. Elas foram instantaneamente transformadas em sete pombas brancas e voaram pelo céu. Elas se tornaram as sete estrelas da constelação de Plêiades. Órion então se apaixonou por uma princesa mortal chamada Mérope. Seu pai consentiu o casamento deles, contanto que Órion realizasse um feito heróico para ganhar a mão dela. Órion, em vez disso, planejou abduzir Mérope e casar-se com ela em segredo. Quando seu plano foi frustrado, Órion foi cegado (como tradicionalmente foram Earendell, [São] Longuinho e Hodur, o assassino de Baldur) como punição e também perdeu sua futura noiva. Cego e impotente, Órion vagou de um lugar a outro esperando encontrar alguém que pudesse lhe devolver a visão. Um oráculo disse a ele para viajar para o leste e expor seus olhos ao sol nascente. Ele assim o fez e foi curado.
Em uma versão alternativa, a deusa da aurora Eos ou Eostre [esse não é um nome alemão?] se apaixonou pelo caçador cego. O irmão dela, Hélios-Apolo, restaurou sua visão. Em uma terceira versão, Órion perambulou na caverna de um cíclope, um dos membros dos Titãs, a raça de gigantes. Como disse o poeta Longfellow: "Ele procurou o ferreiro em sua forja. O cíclope disse a ele para escalar uma montanha e curar seus olhos vazios no sol nascente e sua visão seria então restaurada." Uma vez curado, Órion retornou para a floresta e sua vida de caçador. Ali ele conheceu Diana, e eles se apaixonaram. Para azar do casal devotado, Apolo tinha ciúmes de sua irmã [Alguém mais está pensando em Aradia, o Evangelho das Bruxas? Levante a mão.] e tramou assassinar Órion. Em um incidente muito parecido com a morte de Baldur, Apolo convenceu Diana a demonstrar suas habilidades com o arco. Ele a desafiou a acertar um ponto negro muito distante boiando no mar. Diana atirou e percebeu tardiamente, quando a flecha atingiu o alvo, que o ponto negro era Órion que nadava. Diana jurou que seu amor jamais seria esquecido e colocou a alma de Órion entre as estrelas do céu. Ali ele continua a caçar com seus companheiros animais, uma lebre e dois cães de caça. São eles: a Cão Maior, contendo a estrela Sírio, e a Cão Menor, contendo Procyon. Na mitologia egípcia, Sut-har (Seth-Hórus) era associado a Órion e Sirius, representado por um cão e um lobo.
Gilbert (1996) também associa Órion com o poderoso rei caçador Nimrod, descendente dos Vigias [os Guardiães], construtor da cidade pioneira e da Torre de Babel. Ele foi descrito pelo demonologista católico Montague Summers como um bruxo gigante de grande força. Como Nimbroth ou Nebroh, ele foi adorado como deus pelos Amonitas. Na Idade Média, o grimório do papa Honório invoca Nambroth como poder demoníaco de Marte. Isso o relaciona com Samael, o governante angelical de Marte, Azrael-Azazel e, claro, Shemyaza, pendurado no portão estelar de Órion.
A constelação de Órion parece ter tido alguma importância para os antigos egípcios, se for possível acreditar nos autores modernos. Em 1994, Robert Bauval e Adrian Gilbert publicaram o resultado de sua recente pesquisa nas pirâmides e seus significados. Eles ligaram esses monumentos com Órion e o enterro dos faraós. De acordo com a teoria deles, as pirâmides foram construídas para formar um mapa de estrela na paisagem, refletindo o céu noturno acima. Não apenas isso, mas também em ritos funerais, a múmia do faraó era colocada em uma câmara dentro da pirâmide em posição de uma haste para o exterior alinhada com a constelação de Órion. Um rito mágico era realizado para libertar a alma do rei para que ela pudesse tomar seu lugar como o Osíris renascido no portal estelar de Órion. Existe uma quantidade considerável de tradições estelares antigas, direta ou indiretamente, ligadas às tradições luciferianas. Por exemplo, a tradição da estrela cigana registrada por J. A. Vaillant em seu estudo "Les Roms" (Paris, 1857) descreve as constelações circumpolares como o Livro de Enoch ou Tro-Tehitio sideral original, o nome cigano para Hermes Trismegisto, de onde todos os destinos eram disstribuídos para o mundo. Isso acontecia via matrizes planetárias zodiacais ou tipos celestiais de arcanos maiores do tarô. Os informantes de Vaillant lhe disseram que o destino dispensado por essa roda de estrelas dispensava o destino das excursões da tribo de Rom. E. B. Trigg (1975) descreve que foi um ferreiro cigano que forjou os quatro pregos da crucificação. O quarto prego tornou-se tão quente que não pode ser removido da forja, e apenas três foram usados [então a Estrela Polar é o quarto prego]. Esse quarto prego foi a ruína dos Rom desde então, forçando-os a vagar pela Terra sem um lar, como o Judeu Errante, em uma tentativa de escapar de seu destino.
Os Rom também têm um relato sobre suas origens que diz que eles descendem da união incestuosa de Tubalcaim e Naamá ou Chem e Guin, o Sol e a Lua [e eu descendo dos Rom. Será que Tubalcaim foi meu avô?]. Um dos antigos títulos dos romanis era As Crianças de Caim. O monopólio cigano na metalurgia na Idade Média e possivelmente até seu comércio moderno como negociantes de sucata deriva desse mito de origem [a tribo dos Kalderash tem fama de fazer excelentes caldeirões de cobre]. As Crianças de Caim, ou povo do fogo, eram supostamente magos hereditários com poderes psíquicos, ferreiros e comerciantes de cavalos. Essas categorias se encaixam com as ocupações favoritas dos ciganos por todos os tempos.Por trás desses mitos, está a crença Gnóstica sobre como o espírito puro desanda para o ciclo melancólico e fatigante da existência material na roda do renascimento sublunar [Geoffrey Hodson, teósofo, diz que Belzebu é o responsável pela roda do Samsara], constantemente tentando retornar ao seu reino estrelado. O mundo material é o reino do Tempo e do Destino sobre o qual o Prego Polar Celestial, a Estrela Polar, reina soberano e sereno sobre o destino. A estrela Alpha Polaris é a Estrela Central ou Umbigo do Céu. Como ponto metálico ou qutub, o athame ou espada, a Estrela Polar foi forjada por Tubalo, o deus do fogo dos ciganos que corresponde a Tubalcaim_ do árabe Qyn, ou ponta de ferro (uma lanceta ou lança).
Esse arcano metálico da Estrela Polar pode estar ligado ao mistério egípcio de Bja ou os ossos de ferro meteóricos dos reis estrela envolvidos na transmutação do faraó morto em Osíris na constelação de Órion. (Bauval e Gilbert, 1994: 203-04) Seth também possui um esqueleto de ferro e, em um papiro mágico do século III de Alexandria, a cidde sagrada da tradição Hermética, ele é invocado com o "És o ponto central das estrelas do céu, você, Mestre Typhon." Typhon era o nome grego para Seth, mas também, estranhamente, um nome dado para sua mãe, a Deusa das Sete Estrelas (Ursa Maior ou o Grande Urso).O pólo celestial é o segredo por trás do simbolismo do castelo giratório de quatro lados da Deusa Bruxa. Ele gira eternamente no coração do céu e é o portal de entrada para Hiperbórea, ou a terra além do vento norte. Para o iniciado nos Mistérios, Polaris é simbolicamente a ponta da espada, a cidade de Enoch, e Caim, a Estrela de Ferro, o Umbigo Celestial e a sutura estelar no domo em forma de crânio do céu, o portal de entrada para o Outro Mundo.Sobre o centro cósmico dos céus gira a constelação de Draco, o Dragão. Na Pérsia, era o dragão-serpente Azhdaha, identificado como a Serpente Negra da Luz, Azazil-Ebas, chefe dos Inri ou anjos caídos. A Grande Estrela-Dragão enrolada sobre uma árvore eixo dos mundos é emblemática da serpente da sabedoria enrolada sobre a cruz de Tau, o selo da Arte dos Sábios. A Grande Serpente, Draconis Azhdaha, é significantemente chamada também de Thyphonis Statio ou a Estação de Typhon ou Seth. No planisfério egípcio reproduzido em Oedipus Aegytiacus de Athanasius Kircher (1652), Typhon é mostrado como um dragão escamado escarlate e verde que é equiparado com o deus mais antigo. Esse esquema de cores verde e vermelho retrata a tradição Luciferiana.
Em alguns círculos da Bruxaria Tradicional, as constelações Ursa Maior (O Grande Urso) e Ursa Menor (O Pequeno Urso) são reverenciadas como os veículos siderais do Senhor e da Senhora, o Deus Bruxo e a Deusa Bruxa. Respectivamente, eles são designados como a Carruagem de Nosso Senhor [o de Chifres] e a Carruagem de Nossa Senhora [não é a Maria]. A Ursa Maior também é chamada de Carruagem de São Gabriel. É vista como ataúde estelar, que carrega os espíritos dos mortos. Ela tem conexões duradouras com o Senhor da Grande Caçada, cujos cães são chamados de taramelas de Gabriel (possivelmente relativo à catraca ou roda.)No gnosticismo Persa-Judaico, a Ursa Maior é governada pelo touro demônio com chifres, Asmodeus, lorde da tempestade e da noite. Ele é o filho de Tubalcaim e Naamá [Vovô! ^_^], de acordo com a lenda, ou do rei Davi e Lilith, de acordo com outra. Menos conhecida é a tradição de Bruxaria de Lancashire ligando as estrelas da Grande Ursa com os Sete Assobiadores, os pássaros psicopompos espectrais cujos trinados noturnos misteriosos pressagiam a morte. Tradicionalmente, acredita-se que eles encarnam os espíritos dos judeus que ajudaram na crucificação. A punição divina deles foi vagar como pássaros tristemente voando em círuclos pelo céi para sempre. A Ursa Maior é o veículo celestial da líder feminina da Grande Caçada no folclore e na tradição da Bruxaria. Ela é Holda,Herodias ou Diana-Ártemis, a Deusa Negra e a Grande Senhora da Bruxaria européia. Isso é confirmado pelo encantamento mágico helenístico para Aktos como a cadeira da Grande Caçadora. Esses sistemas estelares girando no céu alto são os veículos cósmicos dos Velhos Poderes [Antigos Poderosos?] de onde os mistérios Cainitas-Ofitos mais-que-humanos foram originalmente transmutados e a semente dos Velhos Deuses e Dos Grandes nasceu eras atrás.

As Plêiades ou Sete Irmãs são chamadas de Galinhas da Noite no folclore europeu. Elas são sagradas para a Dama Branca do Céu (a Deusa Bruxa) no seu aspecto sétuplo, como a chama de sete línguas do candil das virgens estelares. As Plêiades traçam o caminho elíptico ao longo do céu noturno feito pelo sol durante as horas matutinas. Magicamente, seus poderes são contidos, segundo Agrippa, para aumentar a luz dos olhos (possivelmente uma referência ao mito clássico de Órion), para congregar os espíritos, aumentar os ventos, revelar segredos e coisas ocultas. A Rainha Negra de Elfame, a mais sagrada para a Mãe de Rosto Negro, é a estrela gêmea Caput Algol _ Al Ghul, em árabe, significa demônio. Ela está na constelação de Perseu, que representa o semblante maligno da górgona Medusa [em grego, a cabeça da Medusa na égide de Athena é gorgoneión, que é a mesma palavra para o rosto na Lua]. Ela é o aspecto triforme do cacho de serpentes da Deusa grega Hécate-Mormo adorada pelas antigas Bruxas da Tessália.
Essa deusa está ligada à face negra ou ao lado escuro da Lua, e ela protege os portões do mundo subterrâneo. Na demonologia judaica, Algol, um sistema estelar binário rotativo, é conhecido como a Cabeça de Satã e a Estrela de Lilith. O explorador vitoriano sir Richard Burton notou a associação dela com Lilith, a lâmia, o dakini do Hinduísmo, o utug caldeu e o gigim ou demônio do deserto. Agol [é Agol mesmo ou o cara queria dizer Algol e digitou errado?] é o bruxo estrela da striga, corujas grito, ou bruxos italianos [que tradução, minha santa Tana]. Os árabes o chamavam de demônio pestanejante, e Grant (1991: 262) usa numerologia oculta para ligar essa estrela com Melquisedeque e a Fraternidade Branca [a Fraternidade Branca surgiu no Egito, quando Tutmosis III, ainda com o trono nas mãos da tia, ou melhor, com o traseiro da tia Hatshepsut ainda ocupando o trono, quis ter algo pra fazer e reuniu um bando de amigos ocultistas, que se dedicavam a estudar Magia e usavam um... misterioso pó branco pra aumentar a Visão. É, eu também pensei nisso que você está pensando, mas lembrei que a coca é uma planta americana. Então, eu estava lendo uma revista de arqueologia e encontrei a seguinte informação: traços de nicotina e cocaína foram encontrados na múmia de um faraó. Conclusão...] As estrelas Typhonianas de Escorpião, por outro lado, são tradicionalmente a resisdência assombrada do espírito alado familiar noturno Aquila Nigrans, ou L'Aigle Noir, a Águia Negra Fênix Nox (noite). Essa é a Águia Negra, um temmido emissário dos Grandes conhecido há tempos, nos mistérios da bruxaria verdadeira, como Corbeau Noir. De igual importância é outro pássaro celestial, Vega Alpha Lyrae, conhecido como o Abutre Curvo. No Egito, essa estrela foi associada a Maat, a deusa da verdade e consorte de Toth.Espero que essas poucas páginas dos grimórios divinos da sabedoria estrelada antiga tenham iluminado ainda mais o tema mítico deste livro enquanto chegamos ao fim de nossa jornada.

Elas são outro exemplo da transmissão da história antiga da extração da sabedoria Gnóstica dos Céus para o benefício da humanidade em luta por aqueles que ousaram desafiar a ordem cósmica [alguém mais tá lembrando dos Exilados de Capela?] Isso daria a impresssão de que a Gnose ou o autoconhecimento continuam sendo um problema para os inimigos da verdade e os pais da mentira em nosso mundo moderno. Apenas recentemente o arcebispo de Canterbury, dr. George Carey, um homem supostamente bem-educado, conednou a obsessão moderna com a eduação e a aquisição do conhecimento. Ele compara esse modismo com a heresia dos Gnósticos nos primeiros séculos do primeiro milênio cristão. O Igrejismo em suas muitas formas híbridas sempre se opôs à educação das massas e ao autoconhecimento do sagrado e do espiritual. Qualquer coisa que remova o papel da classe sacerdotal como um intermediário entre a humanidade e o Divino ameaça o monopólio espiritual da religião vigente. Ao longo de vários séculos sangrentos desde tempos remotos, as três religiões do Oriente Médio do Livro tentaram alcançar este fim empregando a espada, o laço e o fogo. MIlhares e milhares de seus oponentes foram mortos para encobrir o maior encobrimento e conspiração da história do mundo.

Hoje, quando celebramos o terceiro e último milênio cristão [Amém.], chegou a hora de a verdade ser contada. Este livro e outros que virão são parte desse processo em andamento. A Luz brilhará uma vez mais na escuridão em que estava escondida por séculos e afastará as sombras da ignorância.
A Luz está na Escuridão e a Escuridão é a Luz. #
Fim do texto.

domingo, 27 de março de 2011

 Deusa fortuna e roda da fortuna Parte 1

 Fortuna.

Uma deusa romana que trazia com ela a sorte fosse esta boa ou má. Em algumas figuras ela era retratada segurando um leme de timoneiro, com o qual poderia dirigir o destino dos homens, uma cornucópia por onde fluía toda a abundância e um globo que simbolizava a oportunidade.

Mas a roda foi o símbolo mais usado da deusa pois servia como um lembrete de que a sorte pode não durar muito. Em um momento ela está no alto, em outro, em baixo. Isso quer dizer que não há certezas na vida a não ser a própria incerteza.

Era filha de Júpiter e Roma dedicava-lhe o dia 11 de junho. Naquela época os escravos eram excluídos das celebrações e dos ritos religiosos. Mas tinham permissão para assistir a este Festival dedicado à deusa da Fortuna. Uma forma de demonstrar que a sorte não respeita hierarquia e nem condição social.

Na mitologia grega, recebe o nome de Tique. A deusa que simbolizava tudo o que havia de bom e de ruim na face da terra, de forma aleatória, pois era representada com os olhos vendados, tal qual a figura da Justiça. Significava que todos os seres humanos tinham a mesma oportunidade de viver os ciclos da sorte e da má sorte que essa deusa trazia.

Muito conhecida é a carta de tarô da Roda da Fortuna. É a carta de número 10. O um (1) representa o primeiro passo, o movimento. E o zero (0) o fim, o retorno ao potencial absoluto.

Em algumas ilustrações de cartas de tarô vemos a roda dividida em 4 partes, como os pontos cardeais que representam a jornada do sol. Essa ilustração remonta à história do imperador Valeriano que em 260 d.C. foi humilhado pelo rei Shapur, da Pérsia. Foi o único imperador a ser preso e feito cativo. As representações enfatizam bem essa dualidade e instabilidade. Pode-se ler na carta: eu irei reinar, eu reino, eu reinei e eu não tenho reino.

A lição de que se tira disso é que o importante não é o que acontece com a gente, mas como lidamos com isso e o que aprendemos disso.

Originalmente a deusa da Fortuna estava ligada às mulheres. Era a protetora das colheitas e dos rebanhos além de auxiliar as mulheres na hora do parto. Tempos depois é que se tornou a personificação da sorte. Por que será?

De qualquer forma, hoje é um dia perfeito para se desejar a boa fortuna. Separe 11 moedas douradas e pingue umas gotinhas de óleo aromático nelas. Mostre-as ao sol para que brilhem por uns segundos enquanto mentaliza este brilho sendo atraído para você. Depois guarde as moedas num saquinho ou as embrulhe num lenço. Leve consigo durante todo o dia e no dia seguinte, dê as moedas para alguém necessitado.

Você estará fazendo o ciclo da Roda, do ir e vir, do ter e não ter, e ao mesmo tempo deixando fluir a sorte boa.

Cornucópia

Cornucópia é um símbolo representativo de fertilidade, riqueza e abundância. Na mitologia greco-romana era representada por um vaso em forma de chifre, com uma abundância de frutas e flores se espalhando dele. Hoje, simboliza a agricultura e o comércio.

O seu significado provém da cabra Amaltéia que na mitologia greco-romana amamentou Zeus/Júpiter enquanto bebé.
Atualmente essa palavra é utilizada como sinônimo de abundância, porém está sendo esquecida por seu estilo rebuscado e antigo.
Na culinária, designa um bolo pequeno feito em geral com massa folhada, em forma de cone e recheado com creme.

Etimologia

Do latim cornu copiae ou "corno da abundância", de cornu ou "chifre" e copiae ou "abundância, muitos recursos, posses".
Instrumento religioso
O próprio chifre é um símbolo fálico, representante do sagrado masculino. E, como a cornucópia remete a um chifre, é uma das representações mais utilizadas do Deus Cornífero nas religiões pagãs e neopagãs.
Entretanto, o seu interior simboliza o útero - representado assim a Deusa -, que quando cheio de alimentos simboliza a generosidade da terra fértil, representando o sagrado feminino.
A cornucópia é o símbolo mais utilizado para representar o equinócio de outono (no sabá Mabon), onde é cheio de frutas, grãos, moedas, folhas, castanhas, cartas de tarô, e diversos outros símbolos da fartura e do paganismo, de forma que eles sejam derramados sobre o altar.


Fonte:Wikipédia, a enciclopédia livre.

terça-feira, 22 de março de 2011

Greenman- O Homem Verde

Ao passear pela Europa em países como Irlanda ,Inglaterra, Alemanha, Escócia, França,  podemos encontrar , uma intrigante imagem de um rosto coberto por folhas em diferentes locais como catedrais, igrejas, jardins, em tavernas ou mesmo como adorno de portas e janelas.
A lenda do greenman remonta a antiguidade, e ele representa a face masculina da natureza, o que leva a muitos associá-lo ao próprio Cernunos, divindade masculina amante da Deusa, nos contos celtas.
O que o folclore conta é que o greenman, ou o homem verde, guarda tesouros e se revela aqueles de coração e sentimentos nobres para presenteá-los com sua riqueza, e pune severamente aqueles que adentram as florestas destruindo indiscriminadamente.
A cada estação do ano sua face tem um aspecto, pois ela é composta por arbustos e folhagens. assim como todo o reino vegetal que renova suas folhagens, o greenman também.
Há ele também está associado o mito do combate do rei do inverno e o rei do verão que sempre sai vitorioso.

Em determinado período, bem recente até, se comparado as imagens históricas que temos do greenman pela Europa, podemos então ver “Jack in the Green”, que seria uma variação do próprio greenman.
Ao buscar por informações sobre greenman podemos encontrá-lo associado a Robin Hood, ao cavaleiro verde dos contos arthurianos.
Em essência, este mito preserva a idéia da face masculina da natureza, de natureza protetora e justa, que defende a vida.
Até hoje festividades vinculadas ao Greenman são comuns em países da Europa e as pessoas se vestem e se pintam como o Greenman, ou mesmo como o rei do inverno, seu opositor.


Na tradição celta, o Homem Verde era o arauto da natureza. O mensageiro que anunciava que a primavera estava chegando.

Também chamado de Deus dos Bosques.

Era uma divindade que habitava as florestas. Representava o lado ativo, masculino da natureza. Pai da terra e dos animais selvagens.

De acordo com uma lenda, o Homem Verde guarda tesouros sob suas árvores frutíferas. Mas se algum fazendeiro for arrancar as árvores em busca desses tesouros, ele volta a escondê-los.
Dentre as antiguidades da Inglaterra, existe um rosto que espia por entre folhas e vinhas. Seria este o Homem Verde, uma divindade misteriosa que cuida das florestas e especialmente de todas as árvores.

Sua aparência é humana mas tem a tez verde e se veste com folhas e cascas de árvores. Para aqueles que adentram as florestas com o intuito de destruí-las, esta divindade se transforma num espírito maligno pois fará tudo para impedir que isso aconteça.

Mas para aqueles que usam de modo sábio as árvores e que amam a natureza, o Homem Verde é uma entidade que encoraja o crescimento das plantas.

Se você puder, plante uma árvore ou faça algo de bom pelo verde. Encorajando a natureza, você estará se conectando com essa energia verde e recebendo seus fluidos positivos. Uma alternativa também é levar para sua casa uma planta nova.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Héstia - O Cálido Lar (de "Meditações Pagãs", Ginette Paris)

Héstia é representada com porte muito ereto, suas vestes cobrindo-a quase completamente, ao mesmo tempo imponente e discreta, de uma imobilidade notável. Em pé ou sentada, não sugere qualquer movimento. Calma e dignidade emanam dela.

Embora poucas histórias e mitos cerquem Héstia, não se deve pensar que ela tem menos importância que os outros deuses do Olimpo. É menos fulgurante e não se fala muito dela, mas pelo lugar que ocupava na vida diária era uma das mais glorificadas. O fato de haver poucas histórias relacionadas a ela demonstra que Héstia não gosta de mundanças, nem de aventuras; há, portanto, pouca história para contar porque quase nada acontece com ela. (...)

Héstia é o centro da Terra, o âmago do lar e nosso próprio centro pessoal. Ela não deixa seu lugar; é preciso ir até ela. Robert Graves diz dela: "A mais suave, justa e caridosa de todos os deuses do Olimpo".

O lar do grego médio, na Antiguidade, dispunha, em primeiro lugar, de uma lareira, em torno da qual se construía uma casa. O espaço doméstico era organizado em torno de uma lareira e Héstia era essa lareira. Havia apenas uma palavra para designar tanto a lareira quanto a deusa que nela habitava. (...)

Este era o coração da casa, o lugar da intimidade familiar, um abrigo do tumulto, pois Héstia protege, recebe e dá segurança. (...) Brigas e disputas não podiam ter lugar na presença de Héstia, pois a lareira era um lugar de paz e segurança. (...)

Conhecer Héstia é também compreender que num inquietante número de lares o fogo central se apagou.

(...) a arquitetura moderna, como é praticada, está dominada por valores masculinos. (...) O interior da casa é cada vez mais encolhido e a fachada é concebida para "ser vista". A sala de estar, que serve mais para visitas sociais do que para a vida familiar, é, em muitas residências, mais espaçosa e luxuosa que os outros cômodos usados para toda a família.

(...)

Héstia é encontrada onde a família descobre seu centro. (...) Héstia corresponde àquilo que é o núcleo da afeição, das necessidades, das preocupações e das atividades da família.

(...)

Héstia está, principalmente, empenhada em reunir, no tempo e no espaço, aqueles que constituem o lar.

Na Roma antiga, onde o culto a Vesta era até mais desenvolvido, ela presidia o preparo das refeições e o primeiro trago ou bocado de comida lhe eram consagrados. Em vez da oração cristã de agradecimento pelos alimentos, ou outras formas profanas de iniciar a refeição, como dizer "saúde", a fórmula "para Vesta" era o início ritual de suas refeições.

(...) para ter uma vida familiar que nos aqueça, devemos, assim como à chama de Héstia, mantê-la, cuidá-la, alimentá-la e colocá-la no núcleo de nossas atenções.

(...)

A segurança que ela [Héstia] pode trazer está relacionada à estabilidade, à tradição e à preservação de bens que nos sustentam em tempos difíceis.


Uma de minhas resoluções de ano novo é transformar, a cada dia, o lugar onde moro em um lar. Para tanto, reli os capítulos sobre Héstia no livro cujo nome está no título dest post e coloquei aqui os trechos mais significativos (páginas 217 a 241).
 
FONTE: Bruxa Verde

quarta-feira, 2 de março de 2011

Crânios na Bruxaria

Livro: "Enciclopédia de Wicca e Bruxaria"
Autor: Raven Grimassi

"O Crânio é um símbolo de sabedoria e conhecimento guardado. Nos mistérios internos dos ensinamentos o crânio é um símbolo da natureza interna despojada de sua origem através do processo de Iniciação nos grandes Mistérios do Ocultismo. Ele também é um símbolo da morte, seja a morte da carne ou a morte do ego/ de si mesmo. Esta é uma razão pela qual o crânio aparece nas cerimônias de iniciação na Antiga Religião. Aqui, ele é um lembrete de que a antiga personalidade estava morrendo para uma nova consciência.

O crânio, particularmente quando mostrado com os ossos cruzados, também é um símbolo do Deus em antigas religiões Pagãs. Os ossos cruzados abaixo do crânio são símbolos do Deus Sacrificado, e um sinal da ressurreição da morte. Na Bruxaria, o crânio algumas vezes é mostrado colocado na frente de um caldeirão. Nesta posição ele simboliza o renascimento através dos poderes da transformação associada com o caldeirão. Na Bruxaria Italiana o crânio também representa a culminação do conhecimento ancestral.

Na magia e no misticismo, o crânio é uma ligação para os espíritos dos mundos Sobrenaturais através de sua associação com a morte. Ele também é um receptáculo para a energia psíquica, e por esta razão normalmente é colocado próximo dos instrumentos de adivinhação como a bola de cristal e o espelho mágico. Uma vez que os magos se tornaram mais sofisticados, o simbolismo do crânio evoluiu na arte da frenologia. Esta arte foi popularizada no século XVIII pelo Dr. Franz Joseph Gall, que teorizou que as faculdades do cérebro poderiam ser determinadas a partir da forma do crânio."

O crânio é um dos instrumentos com associações mais antigas e conhecidas sob várias formas de pensamento e trabalho ocultos, embora na tradição da Arte não sej aobjeto tão comum, principalmente por, suspeito, estar ligado ao roubo e à profanação de sepulturas, satanismo, vodu, etc. Talvez o uso do crânio em rituais seja visto como algo demoníaco em conseqüência do pensamento cristão em relação a qualquer prática mágica contrária à palavra de Deus, bem como por estar ligado ao Demônio e ao lado obscuro da natureza humana.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Cornucópia da Abundândcia

 

A palavra é originária do latim (cornu copiae = chifre da abundância). Trata-se de um símbolo relacionado à fartura da alimentação e à abundância em geral. Na mitologia grega consta que Almatéia (ninfa do Olimpo) alimentou Zeus com leite de cabra. Em toca desse favor, Zeus ofertou-lhe um chifre desse animal, que tinha o poder de dar à pessoa que o possuísse tudo o que quisesse. Deidades da mitologia grega – especialmente a deusa Fortuna - eram por vezes representadas com o chifre repleto de bens. 
Cornucópia da Abundância

O Chifre tradicional da Abundância, ou Cornucópia, é um símbolo de generosidade, boa colheita e tem implicações mágicas bem-definidas. O próprio chifre é um símbolo fálico, representante do Deus. O interior do chifre simboliza o útero, especialmente quando está cheio de generosidade da terra fértil, e representa a Deusa.

Faça ou compre uma cornucópia. Encha o chifre de frutas, flores, grãos e moedas, de forma que eles sejam derramados sobre o Altar. Some outras coisas mágicas, como folhas de carvalhos ou bolotas, avelãs ou cartas de Tarô.