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quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Deusa sombria Cailleach

Meus ossos são frios, meu sangue é ralo.
Eu busco o que é meu. O busco o que ainda não foi semeado. Eu busco os animais para cavernas quentes e mando meus pássaros para o sul. Eu ponho meus ursos para dormir e mudo o pelo de meus gatos e cães para algo mais quente. Meus lobos me guiam, seu uivo anuncia minha chegada. Os cães, lobos e raposas cantam a canção da noite, a serenata da Anciã, a minha canção.
Eu disse sim à vida e agora digo sim à Morte. E serei a primeira a ir para o outro lado.
Eu trago o frio e a morte, sim, pois este é meu legado. Eu trouxe a colheita e se você não colheu suas maçãs eu as cobrirei de gelo. Após o Samhain, tudo o que fica nos campos me pertence
.

Cailleach é a própria terra. Ela é as rochas cobertas de musgo e o pico das montanhas. Ela é a terra coberta de gelo e neve. Ela é a mais antiga ancestral, velada pela passagem do tempo. Ela é a Deusa da Morte, que deixa morrer tudo o que não é mais necessário. Mas é tambem ela quem encontra as sementes da próxima estação. Ela é a guardiã da semente, a protetora da força vital essencial ao ressurgimento da vida após o inverno. Ela guarda a própria essência do poder da vida. Ela é o poder essencial da Terra. Nos mitos Celtas Ela representa a Soberania sobre a terra e um rei só podia reinar após realizar o casamento sagrado com Ela, que representa o Espírito da terra.

Cailleach é uma das maiores e mais antigas Deusas da humanidade. Ela é um aspecto da Deusa como a Anciã, principalmente na Escócia. Um derivativo de seu nome, Caledonia, foi dado àquele país. Seu nome, assim como seu título de Mãe Negra, é muito próximo ao nome Kalika, um dos títulos de Kali. Alguns estudiosos acreditam que ambas sejam derivadas de uma Deusa ainda mais antiga, talvez uma das primeiras expressões da face negra da Deusa já cultuadas pela humanidade. Ela foi e é conhecida por inúmeros nomes: Cailleach Bheur or Carlin, na Escócia; Cally Berry ou Cailleach Beara, na Irlanda; Cailleah ny Groamch, na ilha de Man; Black Annis, na Bretanha e Digne, no país de Gales, todas equivalentes a Kali.

Cailleach também é considerada uma outra forma das Deusas Scathach e Skadi. Na Irlanda ela era conhecida como uma divindade que podia trazer e curar doenças, principalmente de crianças. O nome Caillech significa mulher velha, bruxa ou mulher velada. Sua imagem velada a relaciona com os mistérios de se conhecer o futuro, particularmente a hora da morte de cada um. Nas lendas Medievais ela era a Rainha Negra do Paraíso, aquela a quem os espanhóis chamavam de Califia; a palavra Califórnia vem deste nome.

Cailleach rege o céu, a terra, o Sol e a Lua, o tempo e as estações. Ela criava as montanhas com as pedras que carregava em seu avental, mas também trazia aos homens as doenças, a velhice a morte. Ela era também um espírito protetor dos rios e lagos, garantindo que eles não secariam. Ela controla os meses de inverno, trazendo o frio, as chuvas e a neve. Mas um de seus principais títulos é Rainha da Tempestade, pois com seu cajado ela trazia e controlava as tempestades, particularmente as nevascas e furacões.

Cailleach é a guardiã do portal que leva à parte escura do ano, iniciada no Samhain e é invocada nos rituais de morte e transformação. Nos mitos da troca de poder entre as faces da Deusa ela recebe o bastão branco dos meses de luz e o torna negro para os meses de trevas, devolvendo-o à Donzela no Imbolc. Em alguns mitos diz-se que Ela retorna à terra no Imbolc, tornando-se pedra para acordar somente no próximo Samhain.

Como Seu nome não aparece nos mitos escritos da Irlanda, mas apenas em histórias antigas e nomes de lugar, presume-se que Ela era uma divindade pré-celta, trazida pelos povos colonizadores das ilhas Britânicas, vindos do leste Europeu, possivelmente da Índia. Ela era tão poderosa e amada que mesmo quando os recém chegados trouxeram suas divindades, como Brigit, Cailleach ainda continuou sendo lembrada.

Apesar de ser considerada uma Deusa Anciã, Ela é quase sempre representada com um rosto jovem, mostra de seu poder de se rejuvenescer constantemente. Ela possui um aspecto Donzela parecido com Diana, sendo a protetora dos animais selvagens contra caçadores. Ele protege principalmente o cervo e o lobo, assegurando bandos saudáveis. Há um mito antigo que conta que os caçadores oravam a Cailleach para saber onde encontrar os cervos e quantos matar. Ela os guiava para a aqueles que podiam ser mortos, desobedecê-la trazia sua fúria, em forma de ataques de alcatéias para a vila dos desobedientes.

Ela também possui um aspecto Mãe, sendo aquela a quem as mães pediam que curasse seus filhos das doenças do inverno. O Gato é um de seus animais sagrados. Em algumas lendas ela toma a forma de gato para testar o caráter das pessoas. Em sua forma humana, ela costumava ir de casa em casa no inverno pedindo abrigo e comida. Os que a acolhiam contavam com sua eterna bênção e proteção e os outros eram amaldiçoados e não atravessam o inverno incólumes. São também sagrados para ela o corvo e a gralha.

Seu rosto é azul e seus cabelos sempre são representados soltos e brancos, escapando de seu manto e capuz. Ela carrega um caldeirão em uma das mãos e um cajado na outra. Seu cajado ou bastão lhe conferia o poder sobre o tempo, fazendo dela uma das Deusas mais importantes para a manutenção da vida no planeta. Ela é também uma Deusa associada à crua honestidade e à verdade, doa a quem doer.

Ela também aparece como uma mulher velha que pede ao herói que durma com ela, se o herói concorda em dormir com ela, ela se transforma em uma linda donzela.

O Livro de Lecam (cerca de 1400 E.C.) alega que Cailleach Beara era a Deusa da qual se originaram os povos da região de Kerry. Na Escócia ela representa a personificação do inverno, nasce velha no Samhain e fica cada vez mais jovem até tornar-se uma linda Donzela no Beltane.

O contato com esta Deusa nos ajuda a redescobrir a soberania sobre nossa própria vida, um tipo especial de poder e confiança. Cailleach, violenta como pode parecer, vive em todos nós. Ela nos traz a sabedoria para deixar ir aquilo de que não mais precisamos e manter as sementes do que está para vir. Ela vive no limite entre a Vida e a Morte.


Fonte do texto
Naelyan Wyvern
Sacerdotisa do Coven Labirinto do Dragão

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Héstia, deusa grega do Fogo e da Lareira

Héstia significa deusa da lareira. Da mesma família etimológica que o latim Vesta (Vesta), cuja fonte é o indo-europeu wes, “queimar”, “passar pelo fogo, consumir”. Héstia é a lareira em sentido estritamente religioso ou, mais precisamente, é a personificação da lareira colocada no centro do altar; depois, sucessivamente, da lareira localizada no meio da habitação, da lareira da cidade, da lareira da Grécia; da lareira como fogo central da terra; enfim, da lareira do universo. E, embora Homero lhe ignore o nome, Héstia certamente prolonga um culto pré-helênico do lar.


Se bem que muito cortejada por Apolo e Poseidon, obteve de Zeus a prerrogativa de guardar para sempre a virgindade. foi ininterruptamente cumulada de honras excepcionais, não só por parte de seu irmão caçula, mas de todas as divindades, tornando-se a única deusa a receber um culto em todas as casas dos homens e nos templos de todos os deuses. Enquanto os outros Imortais viviam num vaivém constante, Héstia manteve-se sedentária, imóvel no Olimpo. Assim como o fogo doméstico é o centro religioso do lar dos homens, Héstia é o centro religioso do lar dos deuses. Essa imobilidade, todavia, fez que a deusa da lareira não desempenhasse um papel algum no mito. Héstia permaneceu sempre mais como um princípio abstrato, a Idéia da Lareira, do que como uma divindade pessoal, o que explica não ser a grande deusa necessariamente representada por imagem, uma vez que o fogo era suficiente para simbolizá-la.

Personificação do fogo sagrado, a deusa preside à conclusão de qualquer ato ou conhecimento. Ávida de pureza, ela assegura a vida nutriente, sem ser ela própria fecundante. É preciso observar, além do mais, que toda realização, toda prosperidade, toda vitória são colocadas sob o signo desta pureza absoluta. Héstia, como Vesta e suas dez Vestais, talvez simbolizem o sacrifício permanente, através do qual uma perpétua inocência serve de elemento substitutivo ou até mesmo de respaldo às faltas perpétuas dos homens, granjeando-lhes êxito e proteção.

Quanto ao fogo propriamente dito, a maior parte dos aspectos de seu simbolismo está sintetizada no hinduísmo, que lhe confere uma importância fundamental. Agni, Indra e Sûrya são as “chamas” do nível telúrico, do intermediário e celestial, quer dizer, o fogo comum, o raio e o sol. Existem ainda dois outros: o fogo da penetração ou absorção (Vaishvanara) e o da destruição, que é um outro aspecto do próprio Agni.

Consoante do I Ching, o fogo corresponde ao sul, à cor vermelha, ao verão, ao coração, uma vez que ele, sob este último aspecto, ora simboliza as paixões, particularmente o amor e o ódio, ora configura o espírito ou o conhecimento intuitivo. A significação sobrenatural se estende das almas errantes, o fogo-fátuo, até o Espírito divino: Brahma é idêntico ao fogo (Gîta, 4,25).

O simbolismo das chamas purificadoras e regeneradoras se desdobra do Ocidente aos confins do Oriente. A liturgia católica do fogo novo é celebrada na noite de páscoa. O divino Espírito Santo desceu sobre os Apóstolos sob a forma de línguas de fogo. Tanto no Antigo quando no Novo Testamento, o fogo é elemento que purifica e limpa, tornando-se, destarte, o veículo que separa o puro do impuro, destruindo eventualmente este último. Por isso mesmo, o fogo é apresentado como instrumento de punição e juízo de Deus (Salmos 50:3; Marcos 9:49; Tiago 5:3; Apocalipse 8:9). Cristo fala de um fogo que não se apagará (Mateus 5:32; 18:8; 25:41). Deus será como um fogo, distinguindo o bom do menos bom (Salmo 17:3; 1 Coríntio 3:15). Sua força, que tudo penetra, purifica também: nesse sentido é que o batismo de Jesus havia de agir como fogo (Mateus 3:11).

Os taoístas penetram nas chamas para se liberar do condicionamento humano, uma verdadeira apoteose, como a de Héracles, que, para se despir do invólucro mortal, subiu a uma fogueira no monte Eta. Mas há os que, como os mesmo taoístas, entram nas chamas sem se queimar, o que faz lembrar o fogo que não queima do hermetismo ocidental, ablução, purificação alquímica, fogo este que é simbolizado pela Salamandra.

O fogo artificial do hinduísmo é substituído por Buda pelo fogo interior, que é simultaneamente conhecimento penetrante, iluminação e destruição do invólucro mortal. O aspecto destruidor do fogo comporta igualmente uma relação negativa e o domínio do fogo é também uma função diabólica. Observe-se, a propósito, a forja: seu fogo é, ao mesmo tempo, celeste e subterrâneo, instrumento de demiurgo e demônio. A grande queda de nível é a de Lúcifer, “o que leva a luz celeste”, precipitando nas fornalhas do inferno: um fogo que brilha sem consumir, mas exclui para sempre toda e qualquer possibilidade de regeneração.

Em muitas culturas primitivas, os inumeráveis ritos de purificação, as mais das vezes, ritos de passagem, são característicos de culturas agrárias. Configuram certamente os incêndios dos campos, que se revestem, em seguida, de um tapete verde de natureza viva. Entre os gauleses, os sacerdotes druidas faziam grandes fogaréus e por eles faziam passar o rebanho para preservá-lo de epidemias. O grande político e excepcional escritor Caio Júlio César (100-22 A.E.C.) nos fala, no B. Gal., 6, 16, 9, de gigantescos manequins, confeccionados de vime, que os mesmos druidas enchiam de homens e animais e transformavam em fogueira.

O Fogo, nos ritos iniciáticos de morte e renascimento, associa-se a seu princípio contrário, a Água. Os chamados Gêmeos de Popol-Vuh do mito maia, após sua incineração, renascem de um rio, onde suas cinzas foram lançadas.

Mais tarde, os dois heróis tornam-se o novo Sol e a nova Lua, Maia-Quiché, efetuando uma nova diferenciação dos princípios antagônicos, fogo e água, que lhes presidiram à morte e ao renascimento. Desse modo, a purificação pelo fogo é complementar da purificação pela água, tanto num plano microcósmico (ritos iniciáticos), quanto num aspecto macrocósmico (mitos alternados de dilúvios, grandes secas e incêndios). Para os astecas, o fogo terrestre, ctônio, representa a força profunda que permite a complexio oppositorum, a união dos contrários, a ascensão, a sublimaçãoda água em nuvens, isto é, a transformação da água terrestre, água impura, em água celestial, água pura e divina. O fogo é, pois, o motor, o grande responsável pela regeneração periódica. Para os bambaras o fogo ctônio configura a sabedoria humana e urânio, a sabedoria divina.

Quanto à significação sexual do fogo, é preciso observar que ela está intimamente ligada à primeira técnica de obtenção do mesmo pela fricção, pelo atrito, pelo vaivém, imagem do ato sexual, enquanto a espiritualização do fogo estaria ligada à aquisição do mesmo pela percussão. Mircea Eliade chega à mesma conclusão e opina que a obtenção do fogo pelo atrito é tida como o resultado, a “progenitura” de uma união sexual, mas acentua, de qualquer forma, o caráter ambivalente do fogo: pode ser tanto de origem divina quanto demoníaca, porque, segundo certas crenças arcaicas, o fogo tem origem nos órgãos genitais das feiticeiras e das bruxas.

Para Gaston Bachelard o “amor é a primeira hipótese científica para a reprodução objetiva do fogo e antes de ser o mesmo filho da madeira, é filho do homem… O método de fricção surge naturalmente. É espontâneo, porque o homem tem acesso a ele por sua própria natureza. Na verdade, o fogo foi surpreendido em nós, antes de ser arrancado do céu…”. Há, consoante o mesmo Bachelard, duas direções ou duas constelações psíquicas na simbologia do fogo, segundo é botido por percussão ou por atrito. No primeiro caso, está intimamente ligado ao relâmpago e à flecha e possui um valor de purificação e iluminação, convertendo-se no prolongamento ígneo da luz. Diga-se, de caminho, que puro e fogo em sânscrito se designam pela mesma palavra: agnih, que é, aliás, um empréstimo do hitita Agnis, em latim ignis, fogo. A esse fogo espiritualizante se prendem os ritos de iniciação, o sol, os fogos de elevação e à luz. Opõe-se, nesse sentido, ao fogo sexual, obtido por fricção, como a chama purificadora se contrapõe ao centro genital da lareira matrilinear, como a exaltação da luz celeste se distingue do ritual de fecundidade agrária. Assim orientado, os simbolismo do fogo dimensiona a etapa mais importante da intelectualização do cosmo e afasta mais e mais o homem de sua condição animal. Prolongando ainda o símbolo nessa mesma direção, o fogo seria o deus vivo e pensante, que nas religiões arianas da Ásia recebeu o nome de Agni e Ator.

Em síntese, o fogo que queima e consome é um símbolo de purificação e regeneração, mas o é igualmente de destruição. Aí se encontra a nova inversão do símbolo. Purificadora e regeneradora a água também o é. Mas o fogo se distingue da água na medida em que ele configura a purificação pela compreensão, até sua forma mais espiritual, pela luz da verdade; a água simboliza a purificação do desejo até sua forma mais sublime, a bondade.

Fonte: “Mitologia Grega”, Junito de Souza Brandão. Editora Vozes, vol. 1, 2002/17ª edição.


Oque é Paganismo?

A palavra paganismo deriva do latim "paganus", que literalmente, quer dizer: homem do campo, camponês ou aldeão; um termo usado para se referir as diversas religiões dos antigos camponeses da Europa chamados de pagãos, pelos romanos. E que, até os dias de hoje, é usado equivocadamente para identificar todo aquele que não é cristão ou não foi batizado através dos preceitos comuns da igreja católica.

O paganismo é um dos caminhos que nos leva ao bem maior e à comunhão dos Deuses dentro de nós, em termos religiosos, é o culto e a reconexão com a própria natureza. Alguns celebram o caminho da Arte sozinhos ou com outras pessoas, membros de um mesmo grupo ou tradição, conhecidos como covens, tribos ou clãs.

Existem muitas vertentes dentro do Paganismo, dentre esses caminhos, alguns estão claramente definidos e possuem uma organização própria, outros não. Os caminhos mais conhecidos, hoje em dia são: Reconstrucionismo Celta, Druidismo, Wicca, Odinismo, Ásatrú e Xamanismo.

Há muitos mistérios que envolvem o paganismo. O próprio pentagrama é um deles. Um símbolo pagão muito antigo e, muitas vezes, associado ao "mal" ou quando invertido, ao satanismo e aos rituais satânicos. E que nos dias de hoje se tornou um simbolo, quase que oficial, do paganismo moderno.

Devemos lembrar que o pentagrama não é um símbolo de origem celta. Os antigos celtas contemplavam todo o mistério do círculo e das espirais. Para saber mais sobre os Símbolos Celtas, clique aqui.

Enfim, o paganismo não tem nenhuma relação com satanismo ou magia negra. Numa versão mais moderna, a estrela de cinco pontas representa, os quatro elementos, mais o quinto elemento, como sendo o éter ou espírito divino.

Os mistérios pagãos vão muito além das brumas do tempo... Prestes a renascer!
VÊNUS WILLENDORF

Significado Geral: Ancestralidade, Fertilidade e Prosperidade.

Etimologia: “Vênus” é uma descrição genérica para diversos tipos de imagens ou estátuas femininas. “Willendorf” é o nome do local onde a estatueta foi descoberta em 1908 na Áustria.

Descrição: Uma estatueta de PEDRA de aproximadamente 11 cm, feita de oolítico (material que não existe na região de Willendorf), pintada com ocre vermelho, representando uma mulher com aspectos avantajados nos seios, vulva e barriga. Tem na cabeça um possível trançado comum da época ou uma ampla quantidade de olhos.

Tempo e Espaço: Possui, devido analises, aproximadamente 24 mil anos de idade, sendo considerada uma das mais antigas Vênus européias. Foi produzida, provavelmente, por tribos nômades de caçadores que deram origem aos povos chamados indo-europeus.

Alquimia e Ocultismo: Não possui nenhum uso conhecido. Apresenta apenas semelhanças de tamanho e formas disformes como as bonecas de pano, muito usadas em RITUAIS de direcionamento energético, como no caso dos vodus.

Tradições (neo)Pagãs: Para as diferentes religiosidades pagãs, não só a Vênus de Willendorf como várias outras representam uma crença dos povos antigos em seres femininos diretamente ligados a fertilidade e abundância. Para os crentes no conceito de “Grande Mãe”, algo muito presente nos seguidores da WICCA , Willendorf representa a própria.

Ao colocarem tal estatueta no altar (cópias, obviamente!), os pagãos acreditam estar honrando a memória e crença de seus ancestrais, além de estarem atraindo para si bênçãos de PROSPERIDADE e fertilidade, visto que as formas avantajadas da Vênus mostram que provavelmente este era o seu uso no passado; um talismã para fertilidade e uma representação da divindade mãe do povo que a esculpiu.

Comparativos: Ao ser comparada com as outras Vênus, Willendorf é uma das mais curiosas, pois é a única que mostra com clareza absoluta a idéia de fertilidade devido ao tamanho de seus seios, vulva e barriga, podendo inclusive, representar uma mulher grávida. As Deusas de fertilidade sempre existiram nas mais diferentes culturas, e dentro das religiões monoteístas, mesmo com toda a repressão do patriarcado, muitas figuras femininas se mantiveram presentes na religiosidade popular e tiveram que continuar sendo cultuadas de algum modo.

Neste caso, Maria uma ‘semideusa virgem’ ligada à criação divina e a pureza; Madalena também vista por alguns cristãos (Gnósticos) como uma ‘semideusa’ da restauração, bondade e persistência; a Santa Brigith (uma Deusa Pagã Celta), Lilith uma divindade do período pré-monoteísta dos povos judaicos (Semitas, Hebreus) e tantas outras figuras femininas enchem as religiões monoteístas dando aos seus dirigentes sérias “dores de cabeça” na tentativa de explicar o porque de terem sido em partes sincretizadas à essas religiões.

Observação: É extremamente importante alertar que apesar de algumas figuras, idéias, nomes ou estereótipos ligados a Deusas ou concepções femininas existirem dentro das religiões monoteístas em nada, absolutamente nada, o tipo de crença monoteísta se assemelha ao pagão em relação aos aspectos femininos da mulher ou das divindades, logo, não misturem as coisas.

Curiosidades: A Vênus de Willendorf é hoje, vista como um símbolo universal do poder feminino de fertilidade e abundancia proveniente da “Deusa Mãe” a quem direcionam a criação e sustentação do universo. Para os que trabalham com poder simbólico e criação de amuletos, usar a estátua perto da cama do casal ou no escritório significa, respectivamente, atrair fertilidade sexual e SUCESSO financeiro.





terça-feira, 9 de novembro de 2010

MISTERIOS DA LUA NEGRA LILITH (BRUXARIA)


Conhecida também como a “Lua Negra”, “O Lado Oculto da Lua” ou “Maga Negra”.OrigemFoi a primeira Deusa/mulher a “pisar” na Terra antes de Adão e Eva. Era uma amazona, uma “Deusa”, pois tinha todos os conhecimentos.
Lilith veio da 13ª Constelação – Ophiúchus. A 13ª constelação foi retirada do zodíaco, cerca de 5 mil anos, só temos 12 constelações zodiacais (entre sagitário e escorpião, se encontra a constelação das Deusas, das mulheres “guerreiras”).
Ela é a “Senhora da Energia Vibracional”. Não é uma freqüência negativa, é uma freqüência altamente positiva. É o lado “oculto” da vibração da energia de kundalini.Responsável pela energia de Kundalini (conhecimento distorcido pelas “Religiões” - líderes mundiais).Seu “Consorte” foi responsável pelos ensinamentos da “Árvore da Vida” (diferente do que conhecemos).Na Bíblia a representaram como a “Serpente que tentou Adão e Eva”, fazendo com que pecassem.
 Na verdade era Lilith ensinando a Eva os segredos da Magia Vibracional /Sexual Ativa (não sexo pelo sexo), como se desenvolvia.
 É a energia da criação/sexual.A analogia de “comer do “fruto proibido” (que não era maçã), foi o discernimento do “bem e do mal”. Tiveram a grandeza do conhecimento a partir do momento que conheceram a energia suprema, a energia da criação.
Não houve pecado algum.Foi neste momento que Lilith e seu “Consorte” disseram: Já que eles já têm o conhecimento da vida, são versados no bem e no mal, poderão ser como um de nós; então deixemos que eles tracem o seu próprio destino.
 E deram o livre arbítrio a eles.Adão e Eva foram “fabricados” na Terra, tanto é que Lilith e seu “Consorte” disseram: Façamos o homem a nossa imagem e semelhança (não foi “Deus”).A Bíblia distorceu tais informações pelos interesses pessoais. Modificaram o verdadeiro conhecimento e a colocaram como a figura de um réptil tido como negativo.
Não queriam ‘Deuses e Semideuses” na Terra, assim como fizeram com Maria Madalena para anular a aceitação da população em relação a sua freqüência e “poder”, na verdade do seu controle.
As mulheres que têm a freqüência da Lilith genética e/ou vibratória ativa conseguem despertar nas pessoas essa capacidade. Têm a condição de apenas tocando no ombro de outra mulher, mudar o padrão vibratório dela, assim poderemos encontrar as outras mulheres.
Assim como da Medusa e da Medicina de Cristo.A versão dos Seres em relação Lilith é altamente positiva.
Não tinha nada a ver com pés de coruja, nem cabeça que se transformava em animal, na verdade era uma mulher de uma beleza fenomenal que encantava e atraia.
Era uma Deusa, que não nasceu na Terra, ela veio para a Terra parceira de Emanuel, posteriormente a primeira mulher de Adão.
 Lilith era altamente capacitada de poderes, controle de equilíbrio extra-sensoriais, extrapolava os limites da 3ª dimensão, dos sentidos da física. Controlava absolutamente as leis universais, tinha toda a magia da energia sexual e por incompatibilidade se separou e desvinculou de Adão. Depois Adão se uniu a Eva e Lilith ensinou a Eva que a energia sexual é a fonte geradora, matricial, que produz tudo. Através dessa energia sublimada é que se gera freqüências multivibracionais para o universo inteiro, ressona em todas as freqüências universais.A Bíblia diz totalmente ao contrário, dizia que a serpente tentava.
Lilith foi simbolizada como serpente por causa da energia de kundalini, onde está sobe em ondas e ondas simbolizam serpentes andando, não tendo nada a ver com réptil. Foi um simbolismo usado para mostrar a energia em ondas que tinham que ser desenvolvidas e por Lilith ser filha de Deuses esta energia era vista a olho nu pelas pessoas a sua volta, sempre subindo dos pés a cabeça e resplandecia a distancia dando a idéia de serpente.Lilith teve vários filhos com Emanuel, Adão e outros homens nascidos aqui na Terra tornando-os Deuses e Semi-Deuses.
Para suas filhas ela passou suas magias do olhar, do sorriso e vibração sonora altamente potencializada dentro do seu campo. Ensinou toda sua sabedoria para a raça adâmica, ensinou aos filhos de Caim e Abel, e a outras gerações.
 Ficou aqui na Terra por mais ou menos 7 mil anos e se foi após cumprir sua missão de povoá-la. Lilith tem um conceito altamente positivo e uma freqüência multivibracional ao nível do universo. Por ser mulher e ter ficado na mesma densidade que a nossa, ela deixou sua genética para as mulheres e homens, seus filhos, filhos dos filhos e assim por diante até hoje, por isso podemos encontrar geneticamente determinadas mulheres e homens com a freqüência ativa dela.A Lilith foi uma Deusa poderosa que deixou sua genética aqui na Terra assim como outros Deuses e Deusas, em outros pontos do planeta, que povoando com outras raças. Com isso, buscamos no Projeto Portal as pessoas com a linhagem genética ou vibratória de Lilith.
 Em algumas mulheres hoje, com determinados trabalhos e pontos, ela pode ativar e desenvolver a freqüência da Lilith para fechar a questão dos grupos da Luz, Sublimação e Alquimia.
 Então podemos dizer que Lilith é a energia primária, ou seja, primordial, matricial que gerou a vida, conduzindo até os dias de hoje.As religiões tem muito preconceito com as mulheres, e tentou deixá-las lá embaixo, para muitos as mulheres não passam de escravas dos homens.
Porque acham que a Lilith esta se apresentando num momento tão delicado da nossa vida? Ela era uma mulher totalmente independente, enfrentou/confrontou Adão, era uma mulher totalmente liberta (direitos iguais), desde aquela época, as lideranças mundiais mudaram as regras.As mulheres tem muito a oferecer, e esta chagando o momento crucial da nossa vida, e vocês que estão ativadas com a freqüência de Lilith podem receber a visita em casa, como muitas estão recebendo. As mulheres tem que estar preparadas porque agora que a energia feminina vai ter um avanço maior, e com o apoio dos homens.
 Se somos uma família cósmica temos que ajudar uns aos outros em todas as situações, agradecer e vibrar quando uma pessoa consegue um contato, fenômeno diferenciado, ao nível de evolução, e não ficarmos preocupados porque o fulano ...., sei que já diminuiu, mas as vezes tem comentários, mas a realidade é essa, e ainda somos quase humanos e esse pensamento planetário ainda impede nossa consciência.
Freqüência primária, é energia da terra, 3ª D, vontade, a Lilith ensinou a Eva todos os segredos para que se tornasse uma deusa, e ambos tivessem suas visões clareadas: “Se ambos comecem do fruto proibido, eles seriam deuses como eles”. “As visões iriam clarear e teriam discernimento do bem e do mal”.Qual seria o fruto proibido? A mulher, mas ela acompanha o ciclo lunar e menstruam 13 X ao ano, porque acompanha o ciclo lunar de 28 dias e não 31 dias.
O fruto proibido é o sexo, energia sexual que liberta em vibrações subliminares e é por isso que a energia da Lilith é de sublimação pois supera, abre as visões, abre os caminhos e é associada assim, mas não é o sexo pelo sexo. A energia sexual sublimada é compartilhada com a pessoa, que tem 100% de compatibilidade uma com a outra, e essa energia seria em todos os sentidos, milhões de vezes mais que outro pensamento na terra.Essa energia é muito sublime e poderosa quando usada corretamente.Sedução, sensualidade, cativar pessoas, falar para multidão, influenciar, gera um encanto nas pessoas.GRUPO DA LILITHTeste:Grupo de no mínimo 3 pessoas.
 Ir ao shopping, sentar o grupo num lugar e praticar, escolher um número “X” de pessoas e “mentalizando”, chamar atenção desse grupo.Se não funcionar e não conseguir chamar atenção desse grupo, mentalizando, escolher 2 pessoas e todos olhas para essas pessoas e mentalizam que todas elas “tenham vontade de olhar para vocês”. Seria como se a energia de vocês influenciasse, contagiasse a delas.
 Se ficarem incomodadas, olhando, tiveram sucesso, ponto positivo.Se ainda não deu certo, um do grupo sai, passa perto das pessoas escolhidas, olha bem no olho sem piscar e volta para o grupo, verificar se dá certo.
O exercício tem que ser feito para um número maior de pessoas.Magia Sexual“Magia Sexual” é a magia do amor universal (neutro), que é o amor ao próximo e a si mesmo. Engloba tudo que diz respeito ao campo de atração em todos os setores
.Como sabemos vivemos num mundo bipolar e é por isso que Lilith teve a iluminada idéia de semear o amor universal, para que pudéssemos andar lado a lado, sempre em casais e nunca sozinhos.
Na Magia Sexual seu corpo queima, vibra, aquece, mas não emite o desejo de “planetário” (Não podemos confundir estes dois aspectos).
A energia da criação é a energia vermelha/kundalini.
Você sente todo o conjunto de emoções (diversas freqüências emocionais) que se fundem gerando um redemoinho, uma espiral que sobe até o frontal.
Quando a pessoa atingir esse nível, ela produz energia em espiral que sobe e desce (as Polaridades). Esse equilíbrio é que faz a transmutação (equilíbrio de polaridades).Quem controla esta energia vence a “Morte” e se tornam poderosos.
Tem a vida eterna. Os pobres mortais que desconhecem tais segredos perecem...Os “Mensageiros de Deus” viviam 2 mil anos, só depois começou a ter uma diminuição da idade.
Na época de Abraão, Moisés caiu para 700, 500 anos e hoje estamos em 70 anos pois este conhecimento se perdeu no tempo.Lilith aparece em nossas vidas para nos dizer que é hora de assumirmos o nosso poder. Você tem medo de assumi-lo?
 Você é daquelas pessoas que não sabem dizer "não"? Tem medo de perder sua feminilidade se tiver o poder em suas mãos?
 Você teme ser afastada(o) ou banida(o) pelos outros quando estiver em exercício de seu poder? Está com medo de fazer mau uso dele, dominando ou manipulando os outros?Lilith diz que, agora, para você, o caminho da totalidade está em reconhecer que não está ligado ao seu poder e, então, em segundo lugar, submeter-se e aceitar este poder.*


FONTE: CHARLES FERREIRA DE SOUZA

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

DIFERENÇAS ENTRE BRUXARIA TRADICIONAL E WICCA

Em geral, bruxos tradicionais tendem a desprezar a Wicca e,conseqüentemente, são um tanto agressivos ao falar da bruxaria moderna, conforme estabelecida por Gardner, em 1949.

Este artigo de Robin Artisson segue essa tendência e, portanto, pode ofender alguns wiccanos que forem lê-lo. Porém, deixando de lado algumas das agressões do autor,é possível se aproveitar muito do texto, que explica com maestria quais são as diferenças básicas entre a Bruxaria Tradicional e a Wicca...

HISTÓRIA

A Bruxaria Neopagã, ou "Wicca", teve o seu início nos anos 40 e 50 com os escritos de Gerald B. Gardner. Apesar de afirmar que era membro de um coven "tradicional" que ele encontrou no sul da Inglaterra, faltam evidências da veracidade desta história. E se o "coven" que ele menciona era autêntico, então pela sua própria descrição eles parecem ter sido um grupo eclético de maçons, hermetistas, rosacruzes e ocultistas, não verdadeiras bruxas "tradicionais". Os seus próprios registros das atividades e crenças/práticas do grupo testemunham isso. Não há dúvidas de que esta organização tinha tendências e ambições de "reviver" a Antiga Arte, mas isto os coloca na categoria de "pagãos reconstrucionistas" e não de "Bruxas Tradicionais".

Wicca, no seu credo moderno e na sua estrutura ritual, lembra muito fortemente uma versão descristianizada da Ordem da Aurora Dourada (Golden Dawn), com muitas adições thelêmicas e teosóficas, assim como materiais obviamente emprestados de Aleister Crowley e da OTO. Todas essas fontes, e as personalidades envolvidas, floresceram na revivificação do ocultismo da primeira metade do século vinte e é do meio do século vinte que a Wicca data. A Wicca reivindica "descender espiritualmente" das antigas religiões pagãs, mas o fato é o de que a sua estrutura ritual e a sua teologia não sustentam quase nenhuma semelhança com nenhuma cultura nativa pagã autêntica da Europa.

A Bruxaria Tradicional, por outro lado, refere-se às crenças e práticas de famílias e organizações secretas da Arte que antecedem o século vinte. Normalmente, apesar de a doutrina e as práticas da Bruxaria Tradicional terem raízes em tempos muito antigos, o tempo mais longínquo que a maior parte das organizações tradicionais podem se datar com alguma exatidão é o século 17. Entretanto, o folclore e a história do século 11 em diante testemunham práticas similares àquelas transmitidas hoje pelas bruxas tradicionais.

FORMALIDADE

A Wicca tem uma estrutura muito formal, baseada no modelo de "três graus" de iniciação, um empréstimo óbvio da Maçonaria. A religião wiccana é muito hierárquica, com deslumbrantes títulos de "Alto Sacerdote, Alta Sacerdotisa" e semelhantes e é normalmente orientado para o lado Feminino. Há apenas duas

"tradições" reais de Wicca... A Gardneriana (a original) e a Alexandrina... Mas desde a explosão do interesse pelo oculto nos dois lados do Atlântico, muitas tradições "ecléticas" surgiram, representando quase todo tipo de distorção cultural e metafísica que você pode imaginar (Wicca Celta, Faery Wicca, Wicca Saxônia, Wicca Diânica etc. etc.)

Na Bruxaria Tradicional, normalmente, não há uma "estrutura" de grupo claramente definida. Se há, é apenas limitada a uma região, e normalmente não é rígida como a Wicca. Título não são tão utilizados, e quando o são, eles ainda são informais, se comparados à ênfase da Wicca em títulos. Os grupos tradicionais da Arte podem ter uma liderança, mas esta pode tanto ser masculina quanto feminina, e o seu poder como "cabeça" de um grupo não é o poder exercido pela "Alta Sacerdotisa" e pelo "Alto Sacerdote" da Wicca. Conhecimento, experiência e a disposição de servir são fatores decisivos para a maior parte dos líderes de grupos tradicionais e não a egolatria, a coleção de títulos e a fome de poder.

Os rituais e ritos da Wicca também tendem a ser muito formais e escritos previamente à mão... enquanto que na Bruxaria Tradicional, a maioria dos rituais são espontâneos e muito menos estruturados do que na Wicca. Há formas rituais, é claro, algumas formas até muito antigas, mas elas são muito parciais, muito abertas e simples. O "nível interno" do ritual tem mais ênfase do que o externo no trabalho tradicional. A idéia é a de que não é como você faz algo, mas sim, porque você o faz.

Na Bruxaria Tradicional, o progresso de uma pessoa é MUITO mais lento do que na Wicca, na qual uma pessoa pode ser "um Alto Sacerdote de terceiro grau" no espaço que varia de alguns poucos meses a um ano ou dois, ou mesmo mais rápido se ele tem em mãos um livro publicado pela Lewellyn, que produz "bruxas instantâneas". Viver a vida, aprendizado e experiência são cruciais para um "progresso" genuíno e "iniciações" de verdade são geralmente experiências que acontecem a um nível pessoal, dadas por poderes do outro mundo, através do tempo. A Bruxaria Tradicional aceita isso.

TEOLOGIA NEW AGE

A Wicca tem muitos conceitos "new age" no seu cânon que simplesmente não encontram lugar no contexto histórico ou cultural da Antiga Bruxaria Européia. Alguns destes conceitos estão listado abaixo:

KARMA:

este conceito hindu/buddhista foi levado para a Wicca por Gardner, provavelmente de uma fonte teosófica. Na Bruxaria Tradicional, "Destino" é um conceito importante... mas "karma" nem é citado. Não há a crença na Arte Tradicional de "débitos kármicos" ou de "karma carrega pela pessoa" devido às suas ações. A verdadeira crença da Arte Tradicional a respeito desses assuntos eram e são muito diferentes dos conceitos orientais de "karma."

A LEI TRÍPLICE:

Esta estranha noção não tem base na história ou na realidade. Enquanto que muitos povos em muitas épocas e lugares têm ameaçado poeticamente as pessoas com a idéia de que as suas ações retornarão a elas "multiplicadas muitas vezes", a Wicca aceita isso como uma lei física e imutável. A verdade é que enquanto muitos wiccans abriram mão da crença no "fogo do inferno e danação eterna" como uma barreira para as suas ações negativas, eles a substituíram para "lei tríplice", que ameaça com uma retribuição tripla pela negatividade dos outros. Não existe nenhum traço de uma crença como essa na Bruxaria Tradicional ou em algum sistema de crenças nativo-europeu sobrevivente.

DUOTEÍSMO

A crença wiccan determina que há apenas dois seres divinos, um "deus" e uma "deusa". Os diferentes deuses e deusas cultuados pelos nossos ancestrais europeus, ou por qualquer pessoa na Terra, são considerados como "aspectos" ou "manifestações" destes dois seres. Assim, "Todos os Deuses são um Deus e todas as Deusas são uma Deusa." Este reducionismo divino é chamado de "duoteísmo" e não tem precedentes nem na antiga Europa, nem nas crenças das bruxas tradicionais. É, de fato, uma crença moderna. Além do mais, muitos wiccanos acreditam que este "Deus" e esta "Deusa" são eles mesmo aspectos de uma unidade divina incogniscível, ou um incrível ser chamado às vezes de "O Uno"... nos levando direto a uma versão new-age do Monoteísmo, muito bem adaptado a facilitar as consciências dos usualmente ex-cristãos convertidos à Wicca.

Nossos ancestrais europeus eram politeístas. Eles acreditavam em muitos Deuses ou em Deuses locais. Isto é verdade para muitas Bruxas Tradicionais. Há algumas crenças agora (assim como nos tempos antigos) de algumas divindades sendo "maiores" do que outras... quase ao ponto filosófico de transcendência e poder universal. Isto às vezes aparece também na Bruxaria Tradicional, mas na forma de mistérios e não na devoção diárias ou no monoteísmo new-age.

LIVRO DE SOMBRAS:

Nos Antigos Dias, entre os praticantes tradicionais da Arte Secreta, ter evidências escritas do que você fazia era uma sentença de morte se você fosse pego. Além disso, a maior parte das pessoas antigamente eram completamente iletradas. A Antiga Arte era principalmente passada adiante oralmente e, se fosse escrita, isso teria que ser feito de forma econômica.

ÉTICA

A religião Wicca tem uma "Rede" ou "regra de ouro" que forma a base da ética wiccana... ela dita o seguinte: "faça o que quiser, desde que não prejudique a nada nem ninguém." Esta é uma boa sugestão e é basicamente uma reformulação da "regra de ouro" judaico-cristã. Entretanto, a Arte Tradicional não tem tal regra. A ética na Antiga Arte é completamente ambígua e regida pelas circunstâncias.

Os wiccanos tratam esta "Rede" como se fosse uma lei cósmica imutável, quando na realidade, "Rede" é uma palavra anglo-saxã para "conselho", e não para "lei". Mas para a religião wiccana é um dogma irremovível.

Este assunto todo acaba sendo uma outra negação wiccan das trevas inerentes à natureza, ... Danos e feridas, tudo isso existe na natureza... e nós, humanos, somos partes dela. Assim, danos e feridas fazem parte de nós. Nós matamos plantas e animais para comê-los. Matamos as bactérias da água para bebê-la. Vida alimenta a vida. A Bruxaria Tradicional é bastante orientada para a família e para a Fé. Se alguém ameaçar a família ou a Fé, então parar aquele que está causando a ameaça é a prioridade. Se isso significar prejudicar alguém, é o que as bruxas tradicionais farão e não nenhuma imposição ética contra isso. A Arte, e o poder que ela invoca, não é "boa" ou "má"... é ambas as coisas. Há um tempo e um espaço para cada uma das qualidades. Isso é difícil para new-agers entenderem, mas é simplesmente como as coisas são. Negar qualquer lado seu, ou da natureza, é afastar-se do mistério central: o da totalidade.

FESTIVAIS

O calendário wiccano é divido em oito sabás (festivais)... os quatro festivais celtas, os dois solstícios e os dois equinócios.

Entretanto, esta é uma invenção moderna. Os celtas, por exemplo, não observavam os solstícios e os equinócios nos tempos pré-cristãos. Há evidências que sugerem que os bretões nativos (que precederam em muito os celtas na vinda para as Ilhas Britânicas) o faziam, mas os antigos celtas não tinham um calendário óctuplo. Eles não tinham nem ao menos quatro estações... apenas um verão e um inverno. Gerald Gardner, novamente, influenciado por outros ocultistas, em especial, neste caso, pelos druidas "revivalistas" românticos da Inglaterra, que trouxe este conceito inventado de "oito sabás" para a Wicca.

Na Bruxaria Tradicional, os Dias Sagrados celebrados são diferentes de região para região, de Tradição para Tradição e de pessoa para pessoa. Uma tradição agrícola irá seguir os fluxos de plantação e colheita e celebrar festivais de colheita, enquanto que outra tradição poderá celebrar os fluxos solares. Atente para isso, os dias sagrados são sempre regulados pelos fluxos da natureza e são diferentes dependendo de para onde você for. As quatro datas dos antigos celtas (Samhaim, Beltane etc.) podem ser ainda seguidos em alguns lugares, mas, se eles forem, os solstícios e os equinócios tendem a não ser.

É neste tópico que o assunto "seriedade e autenticidade" torna-se mais tenso. É muito comum em círculos wiccanos se ouvir invocações de "Pan, Thor, Lillith e Freya" ou de qualquer outro conjunto de deuses e deusas que o coven se sinta à vontade para invocar. Com nenhum respeito à cultura ou herança familiar e com nenhuma autenticidade ou contexto histórico, a crença wiccana de que os deuses e as deusas são todos "um só" faz com que os wiccan achem que eles tem o direito de alegremente chamar qualquer combinação de deuses que eles queiram. Esta é um postura imperdoavelmente new-age e mostra uma total falta de seriedade e contexto cultural.

Algumas tradições da Wicca tentam unir-se a apenas uma cultura de deuses e um conceito religioso. Este é passo admirável rumo à realidade. Mas a maioria das tradições não o faz.

Na Bruxaria Tradicional, especialmente nas Ilhas Britânicas, a cultura dos povos da terra, e dos povos de algumas gerações atrás, determinam o contexto cultural da tradição. Isso porque a Bruxaria Tradicional é parte da terra, do seu povo e da sua história. Sendo uma invenção moderna e uma mescla de idéias ocultas orientais e ocidentais, falta à Wicca tal base. Muitas tradições da Bruxaria Tradicional das Ilhas Britânicas têm um sentimento Anglo-Saxão ou Germânico/Nórdico e, por trás disso, uma memória familiar da cultura celta. Tradições escocesas e irlandesas tem a ser (obviamente) estritamente célticas.

BONDADE E LUZ

A Wicca, como uma realidade dos dias modernos, com o seu estilo moderno e seguidores quase sempre urbanos, perdeu muito da sua conexão com a Natureza e com a Terra. Wicca aparece como uma religião de "sinta-se bem" e "bondade e luz", normalmente venerando a sua Deusa da Natureza como uma figura maternal e muito amável e imaginando o mundo invisível como um lugar de poder positivo e repleto de espíritos prontamente dispostos a nos auxiliar. Esta visão completamente desbalanceada, com a sua fixação em como são "maravilhosos" e "lindos" a Natureza e os outros mundos, NÃO é absolutamente como os nossos ancestrais viam os deuses e o universos e NÃO é como as bruxas tradicionais vêem as coisas.

A Natureza é tanto benévola quanto cruel, dando e tirando. Há uma escuridão inerente à Natureza, assim como no mundo natural, na natureza pessoal dos espíritos e dos deuses e também dos seres humanos. Espíritos destrutivos e danosos são fatos da vida, tanto nos tempos antigos quanto agora, e o fato de que a "deusa" está tão propensa a devorar os seus filhos quanto a gerá-los, é também óbvio.

A Wicca tende a ignorar estas trevas, preferindo a visão de "a bondade e a luz." Isto faz sentido, psicologicamente, para cidadãos modernos dos centros urbanos que nunca vivenciaram as dificuldades de se viver realmente próximos à Natureza.

"INSTRUMENTOS" DE TRABALHO
É absolutamente adequado para um sistema mágico baseado na Golden Dawn como o que a Wicca sustenta, que os "instrumentos" usados pelos wiccans sejam a Taça, o Pentáculo, a Faca e o Bastão, representando os quatro elementos herméticos. O "círculo mágico" traçado é baseado nos círculos mágicos de conhecidos grimórios de Alta Magia, tais como As Clavículas de Salomão, também extensivamente usado pela Golden Dawn. As "invocações dos quadrantes" são baseadas na magia enochiana de John Dee, também ressuscitadas e usadas pela Golden Dawn.

Bruxas tradicionais tendem a não usar conjuntos formais de instrumentos, apesar de terem certos implementos, dependendo da tradição. O sistema de quatro elementos NÃO é comum, apesar de poder haver traços disso em alguns tradicionalistas influenciados pelo pensamento oriental ou hermético.

Geralmente, os instrumentos usados pelas bruxas tradicionais não lembram os "intrumentos de trabalho" da Wicca. Eles tendem a ser coisas como vassouras, caldeirões, cordas, crânios (humanos ou de animais), martelos, espelhos, pedras, chifres, conchas... algumas tradições também usam facas, mas sem nenhum simbolismo new-age. Algumas tradições também não usam qualquer tipo de instrumentos!

Os círculos não são traçados e usados largamente, pelo menos, não tão largamente quanto na Wicca... O termo tradicional para traçar o círculo é "girar o compasso" e freqüentemente há certos lugares da natureza que são suficientes para o trabalho mágico, sem a necessidade de traçar um "círculo". Quando círculos precisam ser traçados, eles são feitos através de cerimônias tradicionais, que não guardam quase nenhuma semelhança com os métodos da Wicca.
Os espíritos da Terra são invocados para sustentar o círculo e o fogo ritual é aceso... estes são os "elementos" necessários nos trabalhos mais tradicionais. Algumas vezes os espíritos dos quatro reinos ou "direções" são chamados, mas isso varia de lugar para lugar.
A idéia é a de que a Terra já é sagrada... você não precisa "consagrá-la." Você apenas a habita.

O TERMO "BRUXA"

Alguns wiccanos sensacionalistas nunca se cansam de chamar a si mesmo de "bruxos(as)", para o horror do público e o deleite da imprensa. Outros wiccanos acham que "bruxo(a)" é uma palavra pesada e dizem apenas "wiccano."

Não importa da onde você acredita que a raiz da palavra "bruxa" vem ou o que ela um dia significou, a igreja cristã, entre outras, manchou a palavra e a corrompeu para um termo de perversidade satânica. Muitas bruxas tradicionais não usam a palavra "bruxa", preferindo chamar a si mesmas como "O Povo" ou então não tem nenhum nome especial com o qual se auto-denominar. Elas às vezes se dizem "da arte", "Pellars" ou usam algum outro termo, mas "bruxa" era e é uma palavra muito feita, destinada a ser um insulto e em tempos passados uma acusação criminal séria.

Nos dias modernos, alguns tradicionalistas começaram a usar a palavra "bruxa" para auxiliar a comunicação entre eles e o mundo new-age, para "falar a língua dos dias modernos." Mas se a palavra "bruxa" for usada é por uma escolha pessoal ou de um grupo.

O ALÉM-VIDA

A Wicca acredita firmemente no modelo oriental Hindu/Buddhita de "reencarnação" e de evolução espiritual. Obviamente, este é mais empréstimo teosófico trazido por Gardner ou outros escritores wiccans.

Na Bruxaria Tradicional, há alguma noção de que a alma ou espírito possa entrar em outra fase de existência após a morte e isto geralmente anuncia um retorno ao poder da terra, para viver com os ancestrais e tornar-se um espírito guardião ou talvez anuncie um retorno de fazer parte da dimensão espiritual da Natureza. Deste estado, um renascimento na sua família ou clã pode ser possível, mas é misterioso. Há uma noção bem definida, apesar de naturalista, de uma existência espiritual de todas as coisas, incluindo os seres humanos. O tempo se move em círculos e da mesma forma obviamente faz o poder da natureza e assim a vida e a morte são mistérios confundidos com este fluxo.
Como a natureza é viva, assim como nós, existe a imortalidade. Os espíritos da terra são também os espíritos dos mortos e então a Natureza é venerada em muitos níveis.
Através da aplicação de alguns ritos da Antiga Arte, uma alma pode atingir um nível mais elevado de existência e viver entre a "Companhia Oculta" após a sua morte, mas isto é também um mistério melhor conhecido pelas tradições que ensinam isso.


FONTE: DESCONHECIDA
 (FAVOR INFORMA POR FAVOR)
GRATA!!!!!